Filmes com Mulheres Fortes | Hot Tips

17:22:00


Matheus R. B. Hentschke

A data da publicação desse post é em um dia especial: o Dia Internacional da Mulher. Infelizmente, há poucos motivos para celebrar, mas sobram razões para refletir e para se posicionar. Em 2014, uma pesquisa realizada pelo Instituto Avon e pelo Data Popular, constatou que 3 em cada 5 mulheres jovens já sofreram algum tipo de violência em relacionamentos. Em balanço feito no primeiro semestre de 2016 no Brasil, no comparativo com 2015 no mesmo período, constatou-se que o volume de relatos de violência doméstica e familiar teve um crescimento de 133%, o que chega a aproximadamente 58 mil registros. 

Nesse contexto perverso, torna-se possível evidenciar o óbvio: a persistência e a manutenção da violência contra a mulher no Brasil. É preciso que esse paradigma seja alterado de maneira urgente, a fim de que esse dia de homenagens não seja mais uma comemoração à sobrevivência das mulheres que ainda podem protestar pelo que suas demais pares sofreram ou ainda sofrem.

Com o intuito de mostrar e de promover o poderio feminino seja em obras biográficas seja em películas ficcionais, confira três filmes que todos deveriam assistir:


As Sufragistas




Com a presença de atrizes de peso, tais como Helena Bonham Carter e Meryl Streep, o filme acompanha a dura trajetória de mulheres que lutaram pela possibilidade de ter o direito de votar no Reino Unido do século XX e, assim, produzir uma chance de buscar a tão sonhada igualdade. A obra coloca seu foco narrativo na personagem Maud Watts (Carey Mulligan), uma mulher humilde e sem ideais políticos, que paulatinamente começa a se tornar voz ativa no movimento feminista, sacrificando sua vida profissional e familiar no processo. Ainda assim, ela e suas companheiras persistiram em seus atos de insubordinação, como atos de vandalismo, para chamar a atenção dos políticos e da sociedade. Mais do que um grande filme, As Sufragistas possui uma história poderosa e obrigatória.

Obs.: No momento da publicação deste post, As Sufragistas se encontra disponível no Now, serviço de streaming da Net.


Jackie



Com crítica no OpinaGeek - saiba mais - a obra acompanha uma parte da vida da ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Jackie Kennedy. O período compreendido começa desde o assassinato de seu marido, até uma entrevista dada posteriormente a um repórter sobre os terríveis acontecimentos que deixaram a América de joelhos. Diferentemente de As Sufragistas, Jackie investe seus esforços não em um enredo grandiloquente e panfletário, mas sim em uma mulher que precisa manter-se forte tanto para sustentar a posição de poder que possuía como primeira-dama, quanto para segurar as pontas do que ainda restava da família que trouxe ares aristocráticos à América: a família Kennedy. Além de ser uma obra completa, ou seja, com roteiro, direção, trilha sonora e figurinos impecáveis, Jackie alicerça seu valor como arte em sua protagonista interpretada por uma Natalie Portman tão ou mais mercadora do Oscar de Melhor Atriz em 2017 que Emma Stone.

Obs: No momento da publicação desta postagem, Jackie está em cartazes em alguns cinemas, com previsão de chegada ao Netflix ainda no primeiro semestre - saiba mais.


Jogos Vorazes



Agora, um filme blockbuster que levou Jennifer Lawrence ao estrelato: a franquia Jogos Vorazes. Seu enredo ocorre em um país distópico chamado Panem, na qual 12 distritos foram subjugados pela Capital e forçados a lembrarem desse domínio em um evento anual, que dá nome ao título. Para evitar que sua irmã participe desses jogos sádicos, Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se oferece como voluntária a participar dessa competição ao lado de Peeta Melark (Josh Hutcherson), ambos do Distrito 12. O filme surgiu quando a vibe de obras distópicas adolescentes estavam em alta, sendo um dos melhores exemplares desse gênero, ao trazer uma história relevante em conteúdo com uma protagonista complexa e empoderada.

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