Mulher Maravilha: Terra Um e Justiceiro Zona de Guerra... | Crítica Shortcut

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Matheus R. B. Hentschke

Mulher Maravilha: Terra Um - Grant Morrison no roteiro e Yanick Paquette na arte. Contudo, o impressionante é salientar que o destaque não está em Morrison, mas sim em Paquette com sua arte de encher os olhos, ao captar com exímia habilidade toda a sensualidade e força existentes nas Amazonas em sua utopia feminista na Ilha Paraíso, este local também belamente caracterizado, com sua arquitetura grega evocando a arte de George Pérez misturada com uma tecnologia de ponta de filmes futuristas. 


Quanto ao roteiro, há o flerte de Morrison - confira uma entrevista - com o ousado, principalmente, na cena de abertura na batalha de Hipólita e suas guerreiras para livrarem-se do julgo de Hércules e seus soldados ou também na insinuação sutil de relações homossexuais na Ilha Paraíso. No entanto, a obra que pega conceitos de Pérez e de Azzarello para atualizar a origem de Diana Prince - esta personagem que encontra-se muito bem caracterizada ao ter sua personalidade dura, mas paradoxalmente carinhosa bem desenvolvida - acaba não conseguindo trazer nada realmente novo ou marcante para essa nova origem, que não fosse pela arte espetacular de Paquette (e devidamente autografada na CCXP 2016 pelo autor) pouco teria de relevante. Uma leitura agradável, ainda que por vezes tenha pouco a acrescentar.

Nota: 7,5 / 10 



Justiceiro Zona de Guerra: A Ressurreição de Mama Gnucci
- Há um mito famoso no cinema, principalmente, para a comunidade nerd: "o 2º não presta". São inúmeros os exemplos de sequências de filmes que não funcionam - Velocidade Máxima 2, X-Men Dias de Um Futuro Esquecido, Homem de Ferro 2 - mas ainda existem alguns exemplos que se safam dessa maldição, o que não foi o caso dessa sequência de Justiceiro Zona De Guerra. Após um bom tempo depois do sucesso de Justiceiro: Bem-Vindo de Volta, Frank a dupla Garth Ennis e Steve Dillon retornam para uma continuação direta da trama do combatente solitário contra à máfia. Sem conceder spoilers sobre a trama, A Ressurreição de Mama Gnucci traz os mesmos conceitos de seu volume anterior ao colocar o Justiceiro em mais um episódio de sua luta contra o crime, sem agregar nenhum aspecto novo, são as mesmas noções de humor negro, violência exagerada e coadjuvantes exóticos que contrapõem a dura personalidade de Frank Castle. Contudo, esse pastiche é reproduzido com menos ousadia e frescor do que o enredo anterior, que trouxe o personagem aos holofotes após uma fase terrível em que mostrava Castle em uma guerra divina. Todos os conceitos são mal reaproveitados, tornando a leitura desse material extremamente descartável.

Nota: 5,0 / 10

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